Missa de sétimo dia: qual seu significado?

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A tradição católica sempre teve o costume de celebrar missas em homenagem aos falecidos. Porém, muitas pessoas não sabem exatamente qual é a origem e o significado da missa de sétimo dia. Afinal, será que ela acontece também em outros países católicos? E o que diz a Bíblia sobre essa homenagem?

Se você compartilha dessas dúvidas, ou está pensando em celebrar uma missa em memória a um ente já falecido, continue lendo este artigo e veja as informações interessantes que trouxemos.

A tradição da missa de sétimo dia: o que diz a Bíblia?

Missa de sétimo diaA tradição Bíblica ensina os católicos a sempre homenagear os entes que já partiram. As missas póstumas visam pedir à Deus para interceder pelo repouso eterno das almas dos falecidos, especialmente para aqueles que se encontram no purgatório.

Lembrando que, para a fé católica, quem se encontra no purgatório já possui a salvação garantida, uma vez que os condenados vão direto para o inferno. Apesar disso, nem todos os que foram salvos são enviados diretamente para o céu. Alguns precisam ficar um tempo no purgatório, expiando seus pecados.

É nesse ponto que as orações dos que ficam se tornam tão importante, especialmente as missas póstumas, que dentro do catolicismo possuem nomes específicos, sendo conhecidas como “missas pro defunctis” (ou seja, missas pelos defuntos) e “missas réquiem”.

Além da missa, existem outras condutas e homenagens póstumas que são postuladas pela Bíblia e seguidas pelos católicos de todo o mundo. Por exemplo, nos relatos sobre os rituais de morte.

No livro do Gênesis, temos a descrição da morte de Jacó, a qual diz: “fizeram um funeral grandioso e solene e José guardou por seu pai um luto de sete dias” (Gn, 50, 10).

Os livros de Judite e Eclesiástico também são importantes neste sentido, mostrando que quando Judite, a heroína dos hebreus, faleceu, os israelitas guardaram luto por sete dias, a mesma recomendação presente no Eclesiástico.

Missa de sétimo dia no Brasil: por que ela é tão forte?

Apesar dessas passagens, não encontramos nenhuma que trate especificamente da missa de sétimo dia. Além disso, em vários países com tradição católica, essa não é uma conduta que costuma ser realizada. Então, por que no Brasil seguimos esse ritual?

Na verdade, é importante salientar que a missa de 7º dia é uma tradição tipicamente brasileira, ou seja, não é uma prática seguida em outros países católicos e nem está presente no Ofício de Defuntos ou no Missale Romano.

Na liturgia da fé católica, apenas está presente a missa de corpo presente (antigamente chamada de missa réquiem) e que é rezada logo após o sepultamento.

A tradição de aguardar os setes dias remonta à época colonial brasileira, quando, devido a extensão territorial do nosso país, era difícil para que os amigos e parentes conseguissem chegar a tempo de participar da missa de corpo presente e do sepultamento.

Assim, criou-se o ritual de aguardar sete dias para então celebrar a missa, permitindo, dessa maneira, que todos os que desejassem conseguissem se reunir para uma despedida mais adequada e também para orar pelas almas daqueles que partiram.

A força do número 7

Mas, por que, entre tantas datas possíveis, os fiéis escolheram aguardar 7 dias após o falecimento para celebrar a missa?

A explicação pode estar na presença do número 7 em várias passagens bíblicas que tratam sobre a morte e sobre fatos importantes, como a criação do mundo. Como falamos acima, muitos livros orientam os fiéis a guardarem luto de sete dias pelos entes falecidos.

Além dessas, existem outras passagens que também trazem o número sete, como:

  • a multiplicação dos pães com sete realizada por Jesus (Mt 15,36);
  • a orientação de Jesus a Pedro de que ele deveria perdoar seus inimigos setenta vezes sete (Mt 18,22);
  • em Êxodos, vemos a passagem sobre o sacrifício purificador que deve ser realizado durante sete dias (Gn 50,10);
  • a mulher grávida cujo bebê nascesse apenas no sétimo dia estaria purificada (Lv 12,22);
  • a necessidade do leproso passar por sete banhos para ser purificado (Lv 14,7);
  • a criação do mundo, quando Deus trabalhou por sete dias (Gn 2,2);
  • entre muitos outros.

Mas o que isso significa exatamente? Podemos entender que, para a Bíblia, o número sete está relacionado à perfeição e também a um percurso necessário para se encontrar a purificação. Assim também acontece quando rezamos por um ente falecido, ou seja, orando para que a sua alma seja purificada e aguardando sete dias até que a missa seja celebrada em prol da sua salvação.

Como homenagear quem já partiu?

Apesar dessa tradição, nem todos que creem na Bíblia realizam a missa de sétimo dia, que é ligada apenas aos católicos.

Os evangélicos, por exemplo, acreditam que essa celebração não tem fundamentação bíblica e por isso apenas guardam o luto quando um ente querido falece. E ainda existem aqueles que não possuem religião ou não são ligados às tradições.

Mas, é claro, que isso não significa que você não poderá homenagear os entes que partiram. Realizar esses rituais é uma ótima maneira de se despedir de quem era importante na sua vida, demonstrando todo o seu amor e carinho.

Outras possibilidades são:

  • homenagens durante o velório, por exemplo, com música ao vivo, realizando um discurso em memória dos que partiram ou até com chuva de pétalas de flores durante o sepultamento;
  • eventos em memória de quem partiu, como um almoço beneficente (no caso de o falecido ter sido ligado a alguma entidade ou causa), uma partida de futebol ou outros que tenham relação com quem a pessoa era, acreditava ou gostava de fazer;
  • lembranças de luto, também conhecidas como “santinhos”, para que os amigos e familiares possam se recordar com afeto de quem partiu;
  • visita a locais que eram importantes para o falecido;
  • homenagem em casamentos, por exemplo quando o falecido era pai, mãe ou um dos avós do noivo e da noiva, com fotografias na decoração ou até reservando um espaço na igreja ou na festa para a pessoa que partiu;
  • visita ao túmulo, colocando flores e fazendo uma prece silenciosa, em datas especiais para vocês;
  • soltura de balões em dia de Finados ou até no encerramento do sepultamento;
  • tatuagem com imagens ou mensagens que lembrem e homenageiem quem partiu.

Como você pode notar, existem muitas maneiras de homenagear os entes falecidos, mantendo a memória dessas pessoas sempre viva e demonstrando o quanto elas são importantes na sua história, mesmo que agora já não estejam mais presentes.

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Cemitério Sem Mistério

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