Como ajudar parentes que precisam de cuidados paliativos?

Mesmo com tantos avanços na medicina, ainda existem algumas doenças que são impossíveis de serem tratadas. Doenças crônicas, câncer avançado e outras situações podem levar a um estado terminal com poucos meses de estimativa de vida. Nesses momentos pode ser difícil, tanto para o doente quanto para os familiares, saber a forma correta de lidar com a situação.

Os cuidados paliativos se configuram como um ramo crescente da medicina, que pode ajudar com essa transição. Assim, é possível lidar não apenas com os sintomas físicos, mas também com as questões emocionais e espirituais dos pacientes e seus cuidadores.

Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura!

O que são os cuidados paliativos?

Os cuidados paliativos são um novo ramo da medicina que busca não apenas tratar a doença, mas também o doente e todos os envolvidos nessa situação, com maneiras de aliviar os sintomas físicos, emocionais, sociais e espirituais que podem surgir. Encarar a aproximação da morte não é simples, pode ser bastante dificultoso e traumático para algumas pessoas.

Além dos desconfortos e problemas físicos naturais dessa fase, ainda existem outras demandas como dúvidas existenciais, questões práticas a respeito de testamentos e heranças e emoções instáveis como depressão e ansiedade, que podem também afetar a família que convive com o doente. Para buscar tornar a transição mais fácil é que surgiu os cuidados paliativos.

Os cuidados paliativos seriam uma equipe multidisciplinar de saúde, que prolonga os cuidados para a casa do paciente, oferecendo todo o suporte necessário para encarar essa fase com menos dor e sofrimentos físicos e psíquicos. Em geral, esse tipo de tratamento é mais usado pelos pacientes terminais de câncer, mas também pode ser indicado para pessoas com doenças crônicas e que não apresentam mais chances de melhora, como insuficiência renal, insuficiência cardíaca, diabetes e Alzheimer. Quem indica os cuidados paliativos é sempre o médico que trata o paciente a partir da constatação de que não existe mais possibilidade de cura.

Quais os benefícios que os cuidados paliativos podem trazer?

Como dissemos, os cuidados paliativos não estão restritos aos pacientes, já que todos os envolvidos com a situação também são afetados. Isso significa que a equipe multiprofissional buscará amenizar o sofrimento de todos os envolvidos.

A equipe médica ensina os familiares e cuidadores a realizarem os procedimentos de forma adequada, oferecendo suporte psicológico durante todo o tratamento e também após a morte do ente. Inclusive, esses médicos podem acompanhar os familiares enlutados, ajudando todos a encararem este momento da forma menos sofrível possível.

Infelizmente, os hospitais não são os melhores ambientes para receber e tratar esses pacientes terminais, já que não oferecem contato com os familiares e nem suporte psicológico adequado. Apesar disso, nem todos os pacientes possuem condições de serem tratados em casa — uma vez que muitos familiares não dispõem de conhecimentos técnicos para lidarem com todas as demandas que os pacientes terminais possam ter.

Tratamento especializado e multidisciplinar

É nesse sentido que os cuidados paliativos pode ajudar, afinal, oferecem tratamento especializado e multidisciplinar, auxiliando todos os envolvidos e tornando a despedida menos cruel e traumática. Uma equipe de cuidados paliativos pode ser composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, dentistas, farmacêuticos e até mesmo capelão.

Quais os problemas enfrentados por esses pacientes?

A dor é, de longe, um dos problemas que mais afetam os pacientes terminais — e ela deve ser aliviada com o uso de medicamentos próprios. Mas além dela pode haver outras questões envolvidas que também merecem atenção, como:

  • sintomas físicos, como fadiga, náuseas, vômitos, perda de apetite, insônia e falta de ar, sendo que muitos podem ser controlados com medicamentos próprios e outros com técnicas de fisioterapia e de respiração;

  • problemas emocionais, como medo, ansiedade e depressão, também presente nos cuidadores e nos membros da família. Nessas situações, as equipes de cuidados paliativos oferecem suporte e apoio psicológico, com aconselhamentos, direcionamento a grupos de apoio e reuniões familiares;

  • dificuldades práticas, como preocupações legais e financeiras sobre a situação dos familiares após a morte do paciente. As equipes de cuidados paliativos também podem ter especialistas nessas áreas, ajudando com aconselhamento financeiro, jurídico e médico;

  • questões espirituais, como a preocupação sobre a vida após a morte, o sentido da vida, questionamento da fé e o motivo de estarem sofrendo com uma doença terminal. Os especialistas podem auxiliar os pacientes e familiares a explorarem seus valores e crenças, buscando encontrar um sentido para a paz ou aceitar melhor essa situação.

Como os cuidados paliativos podem ajudar os familiares?

Os familiares que estão passando por essa situação podem enfrentar diversos dilemas e sentimentos contraditórios. Fazem parte desses dilemas a dificuldade em cuidar de um paciente doente, as responsabilidades extras que terão de assumir após o falecimento do ente querido, a incerteza sobre as questões médicas e o apoio psicológico que estão oferecendo ao enfermo.

É normal que muitas questões íntimas e até problemas familiares surjam nos momentos finais da vida e é para lidar com essas situações de maneira menos traumática que os especialistas em cuidados paliativos trabalham. Como falamos, as equipes de cuidados paliativos são responsáveis por auxiliar, tanto o paciente quanto os familiares para essa transição do tratamento para o fim da vida, dando suporte emocional a todos.

Os cuidados paliativos ajudam os parentes a lidarem com a sensação de impotência diante da morte iminente, os sentimentos de dor, sofrimento e também as questões práticas do dia a dia, como lidar com a perda de apetite típica do final da vida, por exemplo. Assim, os cuidados paliativos ajudam todos a se prepararem para as mudanças físicas e psicológicas que podem surgir e a maneira mais saudável para gerenciar essas situações.

Como um familiar pode ajudar o paciente?

Muitas pessoas podem achar que o paciente em cuidados paliativos não precisa mais do apoio e nem da presença da família, já que possui todo o suporte médico necessário, mas isso é um erro. Por mais que os pacientes pareçam estar “preparados” e aceitando bem essa situação, podem estar sofrendo e angustiados e, por isso, o amor e o carinho da família é essencial.

Paciência, dedicação e amor ainda são fundamentais para qualquer tipo de tratamento de um paciente terminal. Esse é o momento de oferecer todo o seu suporte e de aproveitar para se despedir de maneira adequada do ente querido.

Passado esse momento, é hora de aprender com ele, de entender que todos somos mortais, mas que nossas ações e sentimentos podem ajudar a modificar a realidade das pessoas que amamos. Se você tiver dificuldades em lidar com esse momento, não hesite em buscar auxílio psicológicoespiritual.

Essas informações sobre cuidados paliativos foram úteis para você? Ainda tem alguma dúvida? Deixe um comentário para a gente!

Este conteúdo possui caráter não oficial e meramente informativo. As informações disponibilizadas foram confeccionadas tendo por base a legislação vigente em 08/08/2017. Eventuais alterações legislativas poderão impactar nas considerações apresentadas, não tendo o (Parque Renascer, Funerária) qualquer responsabilidade sobre possíveis incongruências que estas modificações possam causar ao conteúdo.

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