Descubra como o planejamento familiar pode ajudar a proteger o futuro de quem você ama

Ao compor a nossa família, uma das principais preocupações é proteger quem amamos. Se alguma coisa nos acontecer, será que os filhos estarão protegidos financeiramente? Como garantir um futuro melhor a essas pessoas queridas? É nesse ponto que o planejamento familiar faz toda diferença.

Afinal, podemos tomar várias atitudes que nos ajudam a garantir o futuro dos nossos filhos e cônjuge, além de impedir que eles sofram mais do que o necessário se alguma coisa nos acontecer.

Quer entender melhor o tema? Continue a leitura!

O que é planejamento familiar e qual sua importância?

A expressão planejamento familiar pode ser usada em vários contextos. Dentro da medicina e da área da saúde, ela se refere às maneiras de impedir uma gravidez não desejada, fazendo com que o casal determine quando e quantos filhos deseja ter.

Em outras áreas da vida, essa expressão pode estar ligada ao planejamento do futuro, pensando em ações que ajudem nossos herdeiros e cônjuge a se manterem na nossa ausência.

Infelizmente, muitas famílias não se planejam para situações de morte. E aí quando o principal provedor falece, existe uma série de preocupações, como a transmissão dos bens, e até mesmo questões financeiras envolvidas com a compra do jazigo, funeral e manutenção da família, sem o salário do provedor.

Não é raro vermos casos de famílias totalmente desamparadas, justamente porque não houve nenhum tipo de planejamento prévio. Infelizmente, uma das únicas certezas que temos em vida é justamente a nossa morte. Por isso, tomar algumas ações ajuda a deixar os entes queridos mais precavidos se algo lhe acontecer de maneira inesperada.

Assim, o planejamento familiar não é uma atitude mórbida, mas sim um ato de amor e carinho, buscando preservar o futuro daqueles que amamos.

Como fazer o planejamento familiar?

Já está convencido da importância do planejamento familiar, mas não tem ideia de por onde começar? Existem muitas decisões que podem ser tomadas hoje mesmo, mas que trarão frutos apenas no futuro, como o planejamento financeiro, o seguro de vida, o plano funerário, o testamento, entre outros. Confira.

Reserva financeira

A parte financeira, sem dúvidas, é uma das maiores preocupações das famílias na ausência do provedor. Por isso, é interessante tentar realizar uma reserva financeira para seus entes queridos usarem no futuro.

São muitas as possibilidades nesse sentido, desde a tradicional poupança, até outros investimentos, como o Tesouro Direto, fundos de pensão, CDB etc. O importante é tentar separar uma quantia por mês para aplicar nesses investimentos. Em longo prazo, o retorno será interessante e permitirá que seus familiares usufruam de uma vida mais digna, mesmo na sua ausência.

Seguro de vida

O seguro de vida é outra possibilidade bem interessante, mas que nem sempre é lembrada. Com ele, você poderá proteger quem mais ama, oferecendo um valor interessante para manterem o padrão de vida – e sem tantas burocracias.

Existem inúmeros tipos de apólices, mas em geral, elas demoram cerca de 30 dias após o falecimento para liberar a quantia. Um tempo bem menor do que a liberação do inventário, por exemplo.

Para ter validade, leia muito bem o contrato e garanta que a cobertura é ampla e adequada. Analise ainda como o seguro realiza a liberação do valor, quem pode ser beneficiário, entre outras questões.

Plano funerário

Além do seguro de vida, o plano funerário também é uma ótima ideia para o planejamento familiar. Pagando pequenas prestações mensais, você e sua família terão uma cobertura ampla no caso de falecimento, por exemplo, com preparação e transporte do corpo, preparação da urna mortuária, coroa de flores, velório etc.

Embora isso pareça algo estranho para algumas pessoas, é sabido que, ao falecer, os familiares precisam arcar com custos bem altos relacionados à despedida. Então, se você tiver um plano funerário, acabará evitando que seus entes queridos tenham de lidar com todas essas questões burocráticas e caras.

Preferências para a despedida

O planejamento familiar também envolve conversar com seus entes queridos sobre a morte. Embora o tema ainda seja tabu para algumas pessoas, esse diálogo em vida é extremamente importante.

Afinal, somente assim vocês ficarão sabendo das preferências de cada um em relação a temas importantes, como sepultamento ou cremação, velório, funeral e até doação de órgãos – questões sensíveis que devem ser decididas pela família após o falecimento.

Se não há conversa em vida sobre esses pontos, como seus familiares saberão que decisão tomar? Ter um diálogo franco e aberto ajuda muito em casos de falecimento, afinal os que ficam sentem-se mais seguros em tomar determinadas decisões, pois sabiam que aquela era a vontade de quem partiu.

Testamento

O testamento é um documento extremamente importante, mas que nem todas pessoas o realizam. Com ele, você poderá orientar seus entes queridos em relação à distribuição dos bens e da herança, indicando quem deverá ficar com o que.

É claro que a lei precisa ser seguida, respeitando a parte cabível aos herdeiros necessários. Porém, é possível fazer valer a sua vontade quando não estiver mais aqui, indicando, até mesmo, itens que você gostaria que fosse doado, por exemplo.

Transferência em vida

O inventário é outro documento muito importante quando alguém falece. Afinal, é ele que regulariza a transferência dos bens para os herdeiros. Contudo, esse é um processo bem complicado e demorado, especialmente se houver desacordo com a partilha.

Para evitar todos esses problemas, que tal realizar a transferência ainda em vida? Existe a possibilidade de passar esses bens em usufruto, assim os herdeiros apenas poderão tomar posse e decidir sobre eles quando você vier a falecer.

Além disso, você poderá definir outras cláusulas, como a inalienabilidade (ou seja, o bem doado não poderá ser alienado) e a impenhorabilidade (impede que o bem seja penhorado).

A grande vantagem é o valor mais reduzido. Nos casos de doação em vida, você terá de pagar o IR do bem e também o ITCD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação), que tem uma taxa média de 4% sobre o valor doado.

Essa quantia é bem menor do que a abertura do inventário, que exige o pagamento do advogado, das custas judiciais e do cartório e mais os impostos.

Além da doação, lembre-se também de deixar toda a documentação das suas posses em dia, favorecendo a abertura do inventário por aqueles que ficam.

Compra de jazigo ou cremação de uso futuro

Como dissemos, infelizmente, arcar com os custos associados à morte é algo bem pesado. Além da questão do funeral e do velório, a família ainda terá de lidar com o sepultamento.

Quem não tem um jazigo familiar, terá de comprar um assim que o falecimento ocorrer e essas opções de uso imediato costumam ter um valor mais alto.

Assim, uma maneira de proteger os que você ama é comprando um jazigo de uso futuro. Você poderá pagar parcelada a compra e o bem sairá com um valor menor do que o de uso imediato, além de permitir que todos os seus familiares sejam sepultados no mesmo local.

Para quem deseja ser cremado, também existe a cremação de uso futuro, com o parcelamento do valor. A grande vantagem é que você poderá decidir a forma que deseja ser sepultado, garantindo que a família seguirá a sua decisão quando o momento chegar.

Como você viu, o planejamento familiar pode ser visto como algo “mórbido” para algumas pessoas – já que a morte ainda é um tabu em determinadas famílias.

Porém, essas ações tomadas em vida são fundamentais para proteger quem amamos, garantindo que, caso venhamos a nos ausentar de maneira inesperada, eles estarão protegidos, não ficarão em más condições financeiras e terão um futuro adequado.

Gostou de saber mais sobre o tema? Aproveite e entenda melhor como funciona o plano funeral lendo o nosso post completo sobre o assunto!

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